Foto: Joédson Alves
A solidariedade ao Rio Grande do Sul pela tragédia climática sem precedentes, que já matou mais de 100 gaúchos, comove o Brasil, países vizinhos, como Argentina e Uruguai, e parte do mundo. A classe política também se mobiliza e deixa divergências de lado.
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O senador de Goiás Jorge Kajuru (PSB) anunciou em pronunciamento no Parlamento que irá disponibilizar 50% de suas emendas para socorrer o Estado gaúcho. Ele, inclusive, ligou para o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), informando que enviará parte dos recursos ao Rio Grande do Sul.
Pozzobom recebeu, ainda, a solidariedade de prefeitos de outros Estados, como Paraná e Santa Catarina, exaltando a atitude dos colegas de Executivo e também do senador Kajuru.
A bancada do Progressistas na Câmara dos Deputados também anunciou ajuda, como informou o presidente do partido no Estado, Covatti Filho. Pelos menos R$ 23,5 milhões devem ser destinados ao RS. Ao todo, são 50 parlamentares federais da sigla, três deles gaúchos: além de Covatti Filho, Afonso Hamm e Pedro Westphalen.
Já a Câmara de Santa Maria aprovou o repasse de R$ 3 milhões do seu Orçamento para a prefeitura utilizar na recuperação das estradas.
Os governos federal, do Estado e dos municípios também anunciaram a liberação de recursos. A maior parte terá de vir da União, que fica com a grande fatia dos impostos e tem mais dinheiro. Só que a mobilização precisará ser permanente, pois a reconstrução se dará a longo prazo. Não poderá ser só momento de comoção e caberá à população cobrar e também fiscalizar o uso das verbas, junto com órgãos de controle.
O lado B da catástrofe: os oportunistas e as fake news
É numa catástrofe que o ser humano se revela. E tem exemplos e atitudes sensacionais, como dos voluntários incansáveis em socorrer vítimas e das centenas de doações de todos os cantos do país e até de fora dele.
Por outro lado, tem a politicagem em diferentes partidos, que se aproveitam da dor das pessoas para esse tipo de atitude e não ficam nem constrangidos. Só que o eleitor está percebendo.
Sem falar na polarização doentia, odiosa e cansativa entre lulistas e bolsonaristas que não dá trégua nem mesmo no momento em que dezenas de gaúchos perdem a vida, casas e tudo que construíram ao longo da vida foram levados pelas águas.
Ainda tem aqueles que aproveitam para faturar com a tragédia ,reajustando preços até quatro vezes mais. Outros usam a desgraça para dar golpes, pedindo doações a si próprio via Pix. Não bastasse isso, tem as fake News na internet, uma terra sem lei, com notícias falsas que assustam à população já desnorteada com tamanha tragédia, que atrapalham o trabalho de socorro e até as doações. Isso não é liberdade de expressão, isso é crime!
Mas se há algum consolo em meio ao caos é que o número de pessoas do bem para ajudar é infinitamente maior.
Ex-vereador, diretor do Cade é alvo de denúncias
O site Metrópoles publicou reportagem, na última quinta-feira (9), envolvendo o ex-vereador de Santa Maria Ricardo Blattes (PT), atual diretor de Administração e Planejamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo o portal, ao menos nove servidoras teriam feito denúncias que configurariam, “em tese, assédio moral”. Entre os relatos, estariam frequentes “ameaças de demissão, de insinuar, sem provas, que terceirizados são corruptos, de tratar mulheres com desrespeito e de fazer comentários machistas”, de acordo com o site. Ao Metrópoles, o Cade informou, por meio de nota, que, devido à natureza das informações, as denúncias têm um tratamento sigiloso e não haveria manifestação.
Já Blattes disse que não tinha conhecimento. “Eu não tenho como comentar sem saber do que se trata. Jamais fui notificado de nada e desconheço qualquer denúncia, seja formal ou informal contra mim. Estou há sete meses no Cade e jamais houve nenhuma margem para uma acusação dessa natureza. Dessa forma, por desconhecer por quem e por quais fatos concretos que supostamente estaria sendo acusado, não tenho nada para comentar”, afirmou ele.
